quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Desempregado, árbitro da Máfia do Apito vive da pensão de sua mãe

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Há exatos dez anos, explodia o escândalo da Máfia do Apito, como ficou conhecido o esquema de manipulação de resultados nos jogos apitados por Edílson Pereira de Carvalho. Hoje, com 52 anos de idade, o ex-árbitro mora de favor na casa da mãe, uma senhora de 89 anos, na cidade de Jacareí, interior do estado.
Após trabalhar como balconista, auxiliar de produção, empilhador e conferente, ganhando sempre menos de R$ 1 mil mensais, Edilson está desempregado. E diz ser obrigado a viver com a aposentadoria da mãe, que recebe R$ 1,5 mil. A maior parte da aposentadoria do pai, falecido, é descontada por causa de um empréstimo consignado feito por ele.
Aos amigos, o ex-juiz explica que não dura mais do que uma semana nos bicos que faz. É o tempo de alguém o reconhecer e ele ser demitido. Seu carro, modelo 1.0 e com quase oito anos de uso, está batido e sem previsão de reforma.
Divorciado desde 2013, Edílson briga na Justiça para reaver metade da casa onde morou com a ex-mulher. Ela até tentou comprar a parte do ex-árbitro, mas o bem é alvo de penhora — o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, processou e ganhou uma ação contra Edílson.
Longe da bola: 
Outro árbitro envolvido na Máfia do Apito, Paulo José Danelon trabalha atualmente em uma autoescola. Ele também ganha uns trocados como técnico de uma equipe de bocha.
Sem punição:Se um novo escândalo de arbitragem explodir, é de se imaginar que nenhum dos envolvidos vá preso, como há dez anos. É que a ideia de tipificar como crime a manipulação de resultados não foi adiante

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